Era uma
vez uma aldeia onde o povo tinha um costume muito atrasado: quando uma pessoa
envelhecia, ela era abandonada numa floresta sem agasalho, sem alimento e ali
ficava até morrer. Por que as pessoas faziam aquela maldade? Ninguém sabe.
Muitas vezes o povo não pensa. Vai fazendo aquilo a que está acostumado. As
pessoas não descobrem que estão erradas. Um dia, um filho foi levar seu velho pai para morrer na floresta. Chegando lá,
o rapaz entregou um cobertor ao pai, dizendo:
—Tome pai. Isto vai protegê-lo do frio.
O pai recebeu o cobertor triste e conformado. Pensou um pouco, rasgou, ao meio e deu uma parte ao filho:
—Esta parte do cobertor é para você se agasalhar quando ficar velho e seu filho o trouxer para morrer na floresta.
Aquelas palavras chocaram o rapaz. Ele ficou pensativo e, de repente, descobriu a maldade daquele costume. Aí decidiu:
—Meu pai, vamos de volta para casa. Desta vez vai ser diferente.
O velho voltou para casa e viveu o resto de sua vida cercado pelo amor do filho e netos. E desde aquele dia, o costume bárbaro foi abolido da aldeia.
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