Os dois disputavam
a mesma mulher. Um era o rico senhor da cidade e o outro, um simples
comerciante. Ambos a cobriam de atenção e ela gostava dos dois sem conseguir se
decidir por um deles. Um dia, porém, achou que era chegada o momento de fazer a
sua escolha:
- Vou me casar com
aquele que me der, no meu aniversário, a coisa mais valiosa que possuir –
sentenciou ela.
O ricaço
imediatamente sorriu, certo da vitória. Sabia como ninguém avaliar o preço de
tudo. Viajou no mesmo dia para a capital e, na melhor joalheria, escolheu o
melhor diamante que encontrou. Mandou fazer um anel com o mais fino ouro,
desenhado pelo mais renomado joalheiro. O resultado foi a mais deslumbrante
jóia que o dinheiro podia comprar. No dia marcado, finalmente, ele foi ao
encontro dela, levando seu presente e uma multidão de curiosos, ansiosos para
presenciar aquele encontro memorável. Ela abriu o pacote e todos ficaram
deslumbrados com o anel. Não havia, com
certeza, na face da Terra, jóia mais valiosa.
- Vejamos o seu
presente – disse ela, olhando para o comerciante, que lhe estendeu um estranho
embrulho: um objeto longo, enrolado num lenço vermelho. Ao abri-lo, ela se
surpreendeu e todos que acompanhavam a cena ficaram intrigados. Era um punhal,
pontiagudo e afiado. Sem entender, ela voltou os olhos para ele e pediu
explicação.
- Senhorita, este
punhal simboliza o meu amor. Sem o seu amor, será preferível que eu o crave em
meu peito e arranque dele o que tenho de mais valioso: o meu coração!
Desnecessário dizer
quem a mulher escolheu, não é mesmo?
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