terça-feira, 22 de outubro de 2013

Desejo de doente


Querida, quando eu morrer
Com tua boquinha breve
Não me venhas tu dizer:
- ‘a terra te seja leve’.

Nesse dia, vem calçada
De botina de cetim
Quero a terra bem pisada
Tendo seu pé sobre mim.

Em paga de meus amores
Quando tombar o caixão
Deita-lhe um ramo de flores
Colhidas por tua mão.

E, se mais posso pedir-te
Nessa terna despedida,
Deixa dos olhos cair-te
Uma lágrima sentida.



3 comentários:

  1. parabéns por seu blog, este poema fez parte de minha adolescência, tambem aprecio poesia, muito obrigado por postar.

    PS não lembro quem escreveu.

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