segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Presença elíptica


Minha trilha às vezes árdua
Com alegria te aguardo
Pela branca voz de pássaro
Na boca o carmim da amora
Indago: em que terra moras,
Que tens o aroma da amora?
Sutilmente você chega
E passa como o vento minuano,
Gelando no corpo a saudade
O vento se vai, balançando as folhas
Do verde esperança ou do vermelho da paixão
Quando partes, fica a aridez da solidão,
Que transforma em pranto o encanto
Arranha a alma uma tal dor
Perde-se outra vez a trilha
De novo esperar a mudança dos ventos
E a revoada de pássaros outra vez regressar
Contigo, uma nova estação,
Numa presença real
Não mais ser elipse no meu contexto diário
Subentender que estás, quando te vais
Sedutor, sutil, viril
O sumo da amora escorre na boca vermelha
A sangrar de tanto amar,
De tanto se dar...


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