domingo, 4 de agosto de 2013

O lenço dela


Quando a primeira vez, da minha terra,
Deixei as noites de amoroso encanto,
A minha doce amante, suspirando,
Volveu-me os olhos úmidos de pranto.

Um romance cantou de despedida
Mas a saudade amortecia o canto
Lágrimas enxugou nos olhos belos
E deu-me o lenço que molhava o pranto.

Quantos anos, contudo, já passaram
Não olvido, porém, amor tão santo
Guardo ainda, num cofre perfumado,
O lenço dela que molhava o pranto.

Nunca mais a encontrei na minha vida
Eu, contudo, meu Deus, amava-a tanto!
Oh! Quando eu morrer, estendam em meu rosto
O lenço que eu banhei também de pranto...


Nenhum comentário:

Postar um comentário